segunda-feira, 14 de julho de 2025

TESTEMUNHAS IMPLICAM EX-DIRETOR DA PRF EM BLOQUEIOS NA ELEIÇÃO DE 2022

Silvinei Vasques teria ordenado bloqueios de estradas no segundo turno

© LULA MARQUES/ AGÊNCIA BRASIL
O tenente-coronel Mauro Cid volta a depor no Supremo Tribunal Federal na tarde desta segunda-feira (14) nas ações penais que apuram a trama golpista. Ele falará na condição de informante, por ter fechado um acordo de colaboração premiada.

O STF começou a ouvir nesta segunda as testemunhas de acusação e de defesa dos núcleos 2, 3 e 4 da tentativa de golpe. Pela acusação, foram ouvidas três pessoas indicadas pela Procuradoria-Geral da República.

O primeiro foi o ex-coordenador de Inteligência da Polícia Rodoviária Federal, Adiel Pereira Alcântara. Ele disse que ouviu do ex-diretor de Operações da PRF, Djairlon Moura, que a instituição precisava tomar um lado nas eleições de 2022.

Sobre os bloqueios feitos pela PRF no segundo turno, Adiel afirmou que Djairlon tinha pedido informações sobre ônibus e vans com destino ao Nordeste. E que as ordens teriam sido dadas pelo ex-diretor geral da PRF, Silvinei Vasques.

O segundo a depor foi Clebson Ferreira, ex-analista de Inteligência do Ministério da Justiça. Segundo ele, foi nítido que houve pressão para que a PRF atuasse nos municípios onde o candidato Lula teve mais de 75% dos votos no primeiro turno das eleições.

O terceiro a depor foi Eder Lindsay Magalhães, dono de uma empresa de tecnologia, disse que teria ajudado o Partido Liberal a produzir um estudo para alegar fraudes nas urnas eletrônicas.

Nesta terça-feira (15) começam as audiências das testemunhas de defesa, começando pelo Núcleo 2. As oitivas seguem até 23 deste mês, por videoconferência, nas Turmas do Tribunal.

Por: Renato Ribeiro/Rádio Nacional

Fonte: Radioagência Nacional

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