Exploração
sexual infantil e mortes violentas foram constatadas
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Foto: © NACHO DOCE |
Segundo
o documento, a mineração invade Unidades de Conservação e Terras Indígenas; e
provoca danos por causa do uso do mercúrio, além do desmatamento e resíduos
químicos. Além disso facções ligadas ao tráfico de drogas na América Latina
também estariam explorando o minério para lavar dinheiro. Esses grupos têm se
infiltrado nas cadeias de fornecimento de ouro, atraídos pelo aumento dos
preços e aproveitando as rotas e a infraestrutura, que já são usadas pelo
tráfico de drogas.
A
agência da ONU destacou ainda atividades de mineração de ouro, em pequena
escala, na Bacia do Rio Tapajós, no estado do Pará, onde dois terços da
produção de ouro é considerada ilegal.
A
partir de mais de 800 entrevistas com garimpeiros, no início de 2023, o
Escritório da ONU constatou que 40% deles podem ter sido vítimas de tráfico
humano para trabalho forçado.
Quase
a metade relatou recrutamento fraudulento e más condições de trabalho, com
média de mais de 12 horas por dia, e muitas vezes 7 dias por semana. Os
problemas de saúde decorrentes da situação precária da atividade garimpeira
também são muitos.
Sete
em cada dez entrevistados têm ansiedade e depressão, e quase metade já sofreu
acidentes graves. A maioria desconhecia direitos trabalhistas ou direitos
humanos.
Nessas
áreas de garimpo, também foi constatado o tráfico de mulheres e meninas para
exploração sexual, junto com o aumento de mortes violentas.
Por:
Gabriel Corrêa/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência Nacional
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