Governo e empresários do setor se reuniram na manhã desta terça (15)
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© VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL |
O
encontro foi liderado pelo vice-presidente da República e ministro do MDIC, o
Ministério de Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
O
assunto foi a tarifa de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos
importados do Brasil a partir de 1º de agosto. Alckmin não descartou a
possibilidade de buscar o adiamento da taxação, caso Brasil e EUA não cheguem a
um acordo.
O
vice-presidente disse ainda que todos os setores vão trabalhar para resolver a
situação. E destacou que o Brasil já havia pedido negociação de tarifas para os
Estados Unidos.
“Nós
enviamos uma carta há dois meses atrás sobre tratativas de acordo, mas não
obtivemos resposta. Faz dois meses, todos vamos trabalhar juntos e eles vão
trabalhar junto aos seus parceiros norte-americanos, importadores,
exportadores, CEOs de empresas, Câmara de Comércio Brasil-Estados Unidos.
Amanhã nós temos mais uma rodada de conversas.”
Lideranças
da indústria apostam em entendimento entre Brasil e EUA
Também
presente à reunião, o presidente da CNI, a Confederação Nacional da Indústria,
Ricardo Alban, disse que o governo e o setor empresarial estão unidos na busca
por uma solução, de preferência, antes da data prevista para a taxação.
“E
não faz sentido de forma nenhuma, nem econômica, nem social, nem geopolítica,
nem uma política um perde-perde. Então temos que trabalhar para que isso seja
possível ser contornado e eu acredito que vamos ser contornados. Porque nós
entendemos nessa reunião é que o Brasil não se precipitará de forma nenhuma em
medidas de retaliações para que elas não sejam interpretadas como simplesmente
uma disputa. O que nós queremos é o entendimento.”
Para
o presidente da Fiesp, a Federação das Indústrias do Estado de São Paulo, Josué
Gomes, Brasil e Estados Unidos, com 200 anos de relação, vão chegar a um acordo.
“Vamos
chegar a um entendimento e isso foi reiterado na reunião por todos os setores
que puderam se expressar, confiança absoluta na capacidade negociadora do
Ministério das Relações Exteriores e do MDIC, que estão à frente dessas
negociações e, obviamente, vamos dar todo suporte, todo o apoio para que o
Brasil chegue a um entendimento em benefício das populações brasileiras e
americanas, em benefício das empresas americanas e brasileiras.”
Segundo
o governo brasileiro, a lei de reciprocidade econômica, que teve a
regulamentação publicada nesta terça, deve ser usada para balizar a atuação do
Brasil.
Por:
Oussama El Ghaouri/Rádio Nacional
Fonte: Radioagência Nacional
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