Grupo
será coordenado pelo vice-presidente Geraldo Alckmin
![]() |
© VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL |
O
grupo conta com a participação do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e
Comércio (MDIC), da Casa Civil, do Ministério das Relações Exteriores e do
Ministério da Fazenda, e será coordenado pelo vice-presidente e titular do
MDIC, Geraldo Alckmin.
Em
declaração à imprensa na tarde desta segunda-feira (14), no Palácio do
Planalto, Alckmin deu detalhes sobre as conversas. As duas primeiras reuniões
ocorrerão nesta terça-feira (15), na sede do MDIC, em Brasília.
A
primeira, agendada para as 10h, reunirá setores industriais que têm mais
relação de comércio exterior com os EUA, como empresas de aviação, aço,
alumínio, celulose, máquinas, calçados, autopeças, entre outros. Devem
participar entidades setoriais e, em alguns casos, as próprias empresas. Um
representante do Ministério de Portos e Aeroportos também deve comparecer.
Na
parte da tarde, às 14h, as empresas do agronegócio serão recebidas, incluindo
setores que exportam suco de laranja, carnes, frutas, mel, couro e pescado.
Neste caso, além das quatro pastas que integram o comitê, representantes do
Ministério da Agricultura (Mapa), do Ministério do Desenvolvimento Agrário
(MDA) e do Ministério da Pesca participarão da reunião.
"Essa
é a primeira conversa, mas nós vamos dar continuidade a esse trabalho. E vamos
também marcar com entidades e empresas americanas, porque tem uma integração de
cadeia. Então, é evidente que as empresas americanas também vão ser atingidas.
Vamos conversar com as empresas americanas e com a Câmara de Comércio Exterior
Brasil-EUA (Amcham)", afirmou Alckmin.
Ele
citou, por exemplo, o fato de o Brasil importar carvão siderúrgico dos EUA para
fabricar aço semiplano e depois vender esse aço de volta ao mercado
norte-americano, que produz motores e outros produtos de maior valor agregado.
Segundo
Alckmin, ele não foi procurado por autoridades americanas desde o anúncio de
Trump, mas informou que, antes do tarifaço, o Brasil já havia encaminhado
proposta sobre taxas comerciais para autoridades dos EUA.
"No
dia 16 de maio foi encaminhada, até em caráter confidencial, uma proposta de
negociação para os Estados Unidos e não foi respondida ainda", revelou.
O
vice-presidente chegou a se reunir com secretário de Comércio dos EUA, Howard
Lutnick, e o embaixador Michael Grier, um alto funcionário do Representante
Comercial dos EUA (USTR).
A
expectativa de Alckmin é de que a participação dos setores empresariais
brasileiros diretamente atingidos pela tarifa ajude a mobilizar empresas
norte-americanas. O vice-presidente negou especulações de que o Brasil teria
solicitado redução da tarifa neste momento.
"O
governo não pediu nenhuma prorrogação de prazo e não fez nenhuma proposta sobre
a alíquota, sobre o percentual. O que nós estamos fazendo é ouvindo os setores
mais envolvidos, para o setor privado também participar e se mobilizar com seus
congêneres e parceiros nos Estados Unidos, fazer essa articulação e o governo
também o fará. Todo o empenho em rever essa questão [tarifa], porque ela é
totalmente inadequada", observou.
Por:
Pedro Rafael Vilela/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário