No
depoimento, o ex-presidente voltou a criticar as urnas eletrônicas
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© VALTER CAMPANATO/AGÊNCIA BRASIL |
Segundo
o ex-presidente, as medidas que discutiu com integrantes do governo seriam uma
resposta ao Tribunal Superior Eleitoral, que não teria aceitado uma ação do seu
partido, o PL, contra os resultados das eleições e ainda aplicado uma multa de
R$ 22 milhões. Bolsonaro negou ter enxugado o texto da chamada minuta do golpe.
Nessa
segunda-feira, também em depoimento ao STF, o ex-ajudante de ordens de
Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid, que fez uma colaboração premiada,
afirmou que o ex-presidente teria editado a minuta de golpe e apresentado aos
comandantes militares Bolsonaro respondeu ao ministro Alexandre de Moraes,
relator do processo, se estava prevista a prisão de autoridades.
Jair
Bolsonaro ainda culpou o próprio advogado pelo fato de a Polícia Federal ter
encontrado uma cópia de um decreto golpista no gabinete dele na sede do PL.
Sobre
os frequentes questionamentos ao sistema eleitoral brasileiro, que nunca foram
comprovados, Bolsonaro atribuiu a sua retórica, sua narrativa, sobre os fatos.
E voltou a dizer que o sistema eleitoral brasileiro precisa ser aperfeiçoado. O
ex-presidente afirmou que não tinha nada que provasse qualquer fraude nas
eleições e pediu desculpas pelas acusações aos ministros.
Jair
Bolsonaro ainda negou que tenha interferido no relatório do Exército sobre a
segurança das urnas, fato que havia sido confirmado por Mauro Cid. Mas o
ex-presidente disse que o documento atendeu as suas demandas.
O
ex-presidente também disse que não teve conhecimento da ação da Polícia
Rodoviária Federal para impedir o trânsito de eleitores, principalmente no
Nordeste.
Bolsonaro
ainda confirmou que encontrou a deputada Carla Zambelli e o hacker Walter
Delgati para discutir a segurança das urnas eletrônicas, mas que não sentiu
confiança e orientou que ambos tratassem com o Ministério da Defesa.
PERGUNTA:
O
general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, também foi interrogado
nesta tarde. Ele negou ter discutido um decreto de golpe com Bolsonaro e os
comandantes das forças.
Mas
disse que o ex-presidente apresentou uma série de intenções de medidas de
intervenção, que foram descartadas pelas lideranças militares.
Paulo
Sérgio ainda pediu desculpas ao ministro Alexandre de Moraes pelos ataques que
ele, como ministro, fez contra o TSE e o sistema eleitoral. Ele ainda disse que
Bolsonaro não influenciou a realização do relatório das Forças Armadas sobre a
segurança das urnas.
Neste
momento, o general Walter Braga Netto está sendo ouvido, por videoconferência,
já que está preso no Rio de Janeiro.
Por:
Gésio Passos/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência Nacional
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