Serão
82 depoimentos ao todo, que serão ouvidos até o dia 2 de junho.
![]() |
© FABIO RODRIGUES POZZEBOM/AGÊNCIA BRASIL |
Um
dos primeiros a ser ouvido é o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha,
que vai falar como testemunha de defesa indicada pelo ex-ministro da Justiça e
ex-secretário de Segurança Pública do DF, Anderson Torres. Ibaneis foi afastado
do cargo e investigado pelos atos golpistas de 8 de janeiro em investigação
arquivada em março.
O
Supremo vai ouvir também, nesta segunda-feira, o general Marco Antônio Freire
Gomes, comandante do Exército no governo de Jair Bolsonaro. De acordo com as
investigações, ele não aderiu à tentativa golpista e teria ameaçado dar voz de
prisão a Bolsonaro após receber a sugestão para que as tropas aderissem à trama
golpista.
Eder
Lindsay Balbino, dono de uma empresa de tecnologia que teria produzido
relatórios de fraude nas urnas eletrônicas, Clebson Vieira, ex-funcionário do
Ministério da Justiça, e Adiel Pereira Alcântara, ex-coordenador de
inteligência da PRF, também serão ouvidos.
Os
depoimentos serão feitos por videoconferência e serão simultâneos para evitar a
combinação de versões. Os depoimentos serão comandados por um juiz auxiliar do
ministro Alexandre de Moraes, relator do caso, e não poderão ser gravados pela
imprensa e pelos advogados que vão acompanhar as audiências.
Após
a oitiva das testemunhas, Bolsonaro e os demais réus serão convocados para
interrogatório. A data ainda não foi definida.
A
expectativa é que o julgamento que vai decidir pela condenação ou absolvição do
ex-presidente e dos demais réus ocorra ainda neste ano. Eles respondem pelos
crimes de organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do
Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência
e grave ameaça e deterioração de patrimônio tombado. Em caso de condenação, as
penas podem passar de 30 anos de prisão.
Por:
Priscilla Mazenotti/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência Nacional
Nenhum comentário:
Postar um comentário