Bancos
credenciados vão oferecer empréstimo com juros menores
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FOTO: © ANTONIO CRUZ/AGÊNCIA BRASIL |
"Os
dirigentes sindicais tem que pegar um carro de som e ir pra porta da fábrica e
dizer para os trabalhadores, que agora eles podem ter crédito barato para que
ele possa sair do endividamento que ele se meteu, sair da mão do agiota, sair
da mão de banco que cobra 10, 12% procure um banco que lhe ofereça uma taxa
menor, você tem que escolher entre os bancos privados, os bancos públicos,
aquele que cobrar menor e faça a sua mudança de crédito pelo seu
empréstimo".
O
evento contou com a participação de sindicatos de diversas categorias
trabalhistas, como a CONTAR, Confederação dos Trabalhadores Assalariados
Rurais. A secretária de gênero e geração da entidade, Samara Souza, comemorou a
medida.
"Os
trabalhadores e as trabalhadoras esperam com isso ter mais facilidade de
conseguir chegar no banco, conseguir uns juros mais baixos para que possa
financiar também, além de eletrodoméstico, todas as coisas que a gente precisa,
né, que a gente tenha uma vida melhor e mais digna, principalmente a gente
busca dignidade para os trabalhadores e para as trabalhadoras".
Cerca
de 80 instituições financeiras poderão conceder o empréstimo a taxas menores,
entre elas o Banco do Brasil. No evento, a presidenta da instituição, Tarciana
Medeiros, disse que a medida possibilita crédito de forma justa para os
trabalhadores e fez um alerta contra fake news.
"E
antes que o mercado me pergunte, é um crédito seguro, rentável, respeita as
políticas de crédito dos bancos, dentro das condições de risco e retorno de
cada cliente. É um crédito que inclui, é um crédito que reduz desigualdade. Se
receberem fake news por WhatsApp, não acreditem, procurem os canais oficiais.
Vendedores, empregadas domésticas, garçom, trabalhadores rurais, porteiros e
tantos outros brasileiros do nosso país, podem contar com crédito do
trabalhador".
O
Presidente da Força Sindical, Miguel Torres, avaliou como positiva a
possibilidade de obtenção de créditos com taxas menores. Mas defendeu campanhas
de conscientização contra o endividamento.
"Temos
a obrigação de divulgar, de fazer uma campanha de esclarecimento, de educação
financeira aos nossos trabalhadores e trabalhadoras para não se endividarem.
Mostrando o bom uso desse recurso, que com certeza com bom uso, nós vamos todos
vão ter os benefícios de crescer, de se desenvolver para que possamos estar ali
com a nossa família, para o nosso bem-estar".
Para
solicitar um crédito consignado, o trabalhador deve acessar o aplicativo da
Carteira de Trabalho Digital, e pedir a proposta diretamente com as
instituições financeiras habilitadas pelo governo e aguardar as opções em até
24 horas. Depois, basta escolher aquela que mais agrada e fazer a contratação
no canal do banco.
De
acordo com o governo federal, o Brasil tem 47 milhões de trabalhadores formais,
já incluindo os domésticos, os rurais e empregados de Microempreendimentos, os
MEIs. O empréstimo consignado já é uma opção para funcionários públicos e
servidores. Agora, quem é da iniciativa privada também pode optar por essa
modalidade, usando até 10% do saldo do FGTS como garantia.
Caso
a pessoa seja demitida, os bancos terão como garantia, também, a multa
rescisória, já que as parcelas vêm descontadas diretamente no contracheque, a
cada mês. Lembrando que o valor a ser emprestado pelos bancos não pode ser
maior que 35% do salário bruto daquele trabalhador ou da trabalhadora. E quem
já paga as parcelas de algum empréstimo pode, também, migrar para o consignado,
a partir de 6 de junho, já que os juros serão mais baixos na modalidade
consignada.
Por:
Syonara Moreno/Rádio Nacional
Fonte: Radioagência Nacional
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