O objetivo é inviabilizar chegada de suprimentos aos
garimpeiros
© Divulgação/Ibama |
O trator era usado para abrir “ramais” para
movimentação dos garimpeiros na floresta. Houve ainda apreensão de duas armas e
três barcos com aproximadamente 5 mil litros de combustível. Com a operação, o
governo quer inviabilizar o fornecimento de suprimentos, abertura de rotas e
escoamento da produção dos garimpos na terra indígena, de acordo com o Ibama.
Em outra frente, uma base de controle foi
instalada no rio Uraricoera para bloquear a passagem de barcos com combustível
e equipamentos (antenas de internet e geradores, por exemplo) com destino aos
garimpeiros. O material é levado por “voadeiras” (barcos movidos a
motor) de 12 metros, que chegam a carregar uma tonelada de alimentos. Todo
suprimento apreendido será usado para abastecer a base de controle.
Outras bases, fornecida pela Funai, serão
montadas em diversos pontos da terra indígena. Foram feitos sobrevoos pelo
Grupo Especializado de Fiscalização (GEF) do Ibama para identificar e destruir
pistas de pouso clandestinas na região.
As ações não têm prazo determinado. A
fiscalização é acompanhada pela Advocacia-Geral da União (AGU).
Na segunda-feira (6), o ministro da
Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, anunciou a transição da fase de
assistência humanitária e fechamento do espaço aéreo na Terra Indígena Yanomami
em Roraima, para a fase policial, de caráter coercitivo contra garimpeiros
e financiadores da atividade mineral. Segundo Dino, a expectativa é que, até o
fim desta semana, 80% das 15 mil pessoas envolvidas com garimpo ilegal na
região já tenham deixado o local.
Fonte: Agência Brasil
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