Equipes da Delegacia Especializada em Conflitos Agrários (DECA) de Altamira, deflagraram a operação "Custos Viridis" que resultou na prisão condução de quatro pessoas e na apreensão de mais de 600 metros cúbicos de madeira serrada e em toras, além de caminhões utilizados no transporte do material lenhoso, nos dias 18 e 19 de junho de 2025, em Anapú. Segundo as investigações, os materiais seriam destinados ao Estado da Bahia.
A ação foi iniciada após a Polícia Civil receber uma denúncia mencionando sobre um carregamento de madeira de origem ilegal em uma serraria da região e que o proprietário do estabelecimento estaria proibido pela Justiça de exercer atividades de exploração florestal.
Diante disso, as equipes iniciaram o monitoramento e se dirigiram ao local indicado na denúncia, a fim de averiguar a veracidade dos fatos. Na área, os policiais civis constataram a movimentação de operários e o carregamento de dois caminhões na serraria indicada e em outra serraria, localizada nas proximidades da propriedade.
No decorrer das diligências, foram encontrados nos dois locais grande quantidade de madeira em toras e serradas, sem qualquer documentação que comprovasse a origem legal, como o Documento de Origem Florestal (DOF).
Ao ser questionado sobre o fato, o proprietário de um dos estabelecimentos confessou não possuir os documentos da madeira e confirmou ter conhecimento da ordem judicial existente contra ele, reconhecendo que houve o descumprimento da decisão. Dois donos de serrarias e dois motoristas encarregados de fazer o transporte do material responderão no Juizado Especial Criminal da Comarca de Anapu por armazenamento irregular de madeira no exercício de atividade comercial e tiveram toda a carga ilegal apreendida.
A operação "Custos Viridis" resultou na apreensão total de cerca de 289 m³ de madeira em tora e 251 m³ de madeira serrada em uma das serrarias e 132 metros cúbicos em outra, além de dois caminhões e um aparelho celular.
Posteriormente, os materiais foram apresentados à autoridade policial e em seguida doados às prefeituras de Anapú e Pacajá, para serem utilizados em obras públicas. A instituição se baseou no Artigo 25 da Lei de Crimes Ambientais, que permite a destinação de produtos apreendidos para fins beneficentes e, posteriormente, será utilizado na construção de lixeiras e na reforma de pontes, estradas e escolas, especialmente na zona rural do município.
As investigações sobre o crime prosseguem, a fim de apurar todas as informações e prender outros possíveis envolvidos na prática ilegal.
Fonte: PC/PA