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Operação Xapiri Desintrusão Apyterewa atende a uma decisão do Supremo Tribunal
Federal (STF).
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Crédito: Divulgação/Ibama |
A ação visa a recuperação ambiental da região e a segurança do
povo indígena Parakanã.
O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos
Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreendeu, em 2025, mais de 1.200 bovinos
criados ilegalmente na Terra Indígena (TI) Apyterewa, localizada no estado do
Pará. A Operação Xapiri Desintrusão Apyterewa atende a uma decisão do Supremo
Tribunal Federal (STF). A ação visa a recuperação ambiental da região e a
segurança do povo indígena Parakanã.
A ação é parte do cumprimento da Arguição de
Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 709, determinada pelo STF, que
exige a remoção de bens móveis e imóveis pertencentes a não indígenas na TI
Apyterewa. A criação de gado na área é considerada um fator de desmatamento,
comprometendo a regeneração da vegetação nativa e aumentando os riscos de novas
ocupações ilegais.
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Crédito: Divulgação/Ibama |
No dia 23 de fevereiro, a operação resultou na
retirada de 187 animais, entre bovinos e equinos, com a mobilização de nove
caminhões e diversos veículos oficiais do Ibama, da Força Nacional de Segurança
Pública (FNS), da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) e da Agência de
Defesa Agropecuária do Pará (Adepara). A equipe, composta por 10 agentes
ambientais federais e 11 colaboradores, enfrentou condições adversas devido ao
inverno amazônico e às estradas em más condições.
Para evitar o furto do gado apreendido, foi
requisitado administrativamente um curral com embarcadouro de um particular. Em
2025, a operação já resultou na remoção de 219 bovinos, alcançando o total de
1.223 desde o início da desintrusão.
Segundo a decisão do STF, todos os bens móveis e
imóveis pertencentes a não indígenas na TI Apyterewa serão perdidos. Os bovinos
apreendidos serão destinados ao abate sob responsabilidade da União, em
parceria com a Adepara.
A Operação Xapiri representa um avanço na proteção
da Terra Indígena Apyterewa, reforçando o compromisso do governo federal com a
preservação ambiental e a segurança dos povos originários. O Ibama, em colaboração
com a Funai e outros órgãos, segue monitorando a região para impedir novas
invasões e garantir a sustentabilidade do ecossistema amazônico.
Fonte: Portal Roma News