Premiação dos vencedores ocorre nesta
sexta-feira (25), em Belém.
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Produção de cacau tem destaque no Pará. — Foto: Ana Lee |
O Pará tem 11 finalistas entre as
melhores amêndoas de cacau do Brasil,
que seleciona nesta sexta-feira (25), em Belém,
os três primeiros colocados nas duas categorias do IV Concurso Nacional de
Qualidade de Cacau Especial do Brasil para representar o país na etapa mundial,
na França.
A
edição irá distribuir R$
50 mil em prêmios para
os vencedores das categorias: varietal (variedade única de cacau) e blend
(mistura de variedades).
O
concurso busca fortalecer a cacauicultura brasileira, valorizando e
reconhecendo produtores que fazem um trabalho diferenciado, bem como incentivar
a sustentabilidade em todo o processo produtivo.
Este
ano, o Pará tem uma maior representatividade entre os finalistas, reflexo do
apoio a cacauicultura e da ação de ONGs que desenvolvem trabalhos de
assistência técnica voltada para a melhoria da qualidade, como a Solidaridad e
o Imaflora (Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola).
“Essa
rede de apoio aos cacauicultores paraenses vem fazendo a diferença ano a ano,
aumentando a participação e as premiações recebidas pelos produtores”, - apontou
o diretor científico do Centro de Inovação do Cacau (CIC), Cristiano Villela.
SUSTENTABILIDADE
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Avaliação inclui análise físico-química das amêndoas — Foto: Ana Lee |
O
Concurso Nacional de Qualidade de Cacau Especial do Brasil avalia também as condutas de produção
dos participantes.
Essa avaliação é feita com base no Currículo de Sustentabilidade do Cacau,
documento que é referência de sustentabilidade para produtores de cacau,
técnicos e instituições na busca pela melhoria contínua da produção atrelada à
redução dos impactos negativos oriundos da atividade.
No
ato de inscrição, os produtores responderam a um questionário sobre produção
sustentável e, na etapa final, recebem a visita de auditores em suas
propriedades para verificar as informações declaradas.
“Os
produtores precisam estar atentos ao seu enquadramento nos critérios de
sustentabilidade definidos pelo currículo. Precisamos trabalhar a qualidade do
nosso cacau, mas mantendo o foco em um modelo de produção sustentável. E, desta
forma, contribuir para a melhoria da reputação do cacau brasileiro”, destacou
Cristiano Villela.
O
CONCURSO
Ao
todo foram 94
amostras inscritas em ambas categorias.
Dessas, 20 seguiram para a etapa final da disputa pelo título de melhor cacau
do país. Além de uma minuciosa avaliação dos aspectos físico-químicos das
amêndoas, os finalistas passam também por análises sensoriais, como a prova do
cacau em forma de líquor e ainda uma avaliação às cegas do sabor do cacau na
forma de chocolate 70%.
Os
chocolates são codificados e enviados para um júri de convidados especiais.
Entre eles o empresário e chocolatier Ale Costa, da Cacau Show, chefs
conceituados como Lucas Corazza, Luciana Lobo, entre outros.
O
painel de avaliação sensorial inclui os maiores especialistas da área na cadeia
do cacau do Brasil. São profissionais com um olhar técnico para triar qualidade
e separar os defeitos presentes nas amostras.
“São
rodadas técnicas muito bem elaboradas dentro de um trabalho minucioso. Estamos
em um momento de fortalecimento da cadeia, com um refinamento das metodologias
de avaliação sensorial e união de profissionais de diversas instituições com o
foco em encontrar as joias do cacau brasileiro”, - ressaltou a gerente de
qualidade do CIC e gestora do painel técnico-sensorial do concurso, Adriana
Reis.
Fonte: G1/PA