O indígenas pedem o imediato cancelamento do licenciamento da mineradora canadense Belo Sun Mineração
Ltda.
![]() |
| Foto: Reprodução |
Segundo
lideranças presentes no ato, o movimento ocorre diante do avanço de
megaprojetos que ameaçam diretamente a vida e a segurança ambiental das
comunidades tradicionais. Entre os empreendimentos contestados está o Projeto
de Mineração de Ouro Belo San, de origem canadense, apontado como um dos
maiores riscos socioambientais para os povos da região.
Representantes
de seis territórios indígenas participam da ocupação: Ituna-Itatá, Cachoeira
Seca, Paquiçamba, Juruna, Pacajaí e Trincheira-Bacajá. As lideranças afirmam
que todos esses territórios sofrem impactos já conhecidos e potenciais
decorrentes da expansão minerária e de outras atividades econômicas instaladas
na região.
Ngrenhararati
Xikrim, liderança do povo Xikrim, destacou que a Terra Indígena Trincheira-Bacajá
não foi considerada no processo de licenciamento da Belo San, apesar de estar
diretamente vulnerável aos efeitos do projeto. “Já enfrentamos diversas
ameaças, até de contaminação pela mineração. Esse projeto só vai destruir ainda
mais o nosso território”, afirmou.
Entre
o povo Arara, o cenário é descrito como crítico. A liderança Juruna relatou um
contexto de colapso, com invasões frequentes, insegurança alimentar grave e
perda acelerada de recursos naturais fundamentais para a sobrevivência das
comunidades.
A
reportagem procurou a empresa responsável pelo projeto Belo San, mas não obteve
retorno até o momento da publicação.
O
Ministério Público Federal (MPF) informou que, desde 2013, vem apontando à
Justiça uma série de ilegalidades no processo de licenciamento do projeto.
Segundo o órgão, a iniciativa desrespeita a proteção constitucional aos povos
indígenas e viola normas ambientais, especialmente em uma região já fragilizada
pelos impactos acumulados da usina hidrelétrica de Belo Monte.
Enquanto
aguardam um posicionamento do governo federal, as lideranças afirmam que
permanecerão mobilizadas na sede da FUNAI até que suas reivindicações sejam
oficialmente atendidas.
Com informações do G1/PA

Nenhum comentário:
Postar um comentário