Acusação
envolve Mauro Cid, delator da tentativa de golpe de Estado
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© MARCELLO CASAL JRAGÊNCIA BRASIL |
“Eu
considero, sim, que tenha havido uma seletividade por parte, sobretudo, da
Polícia Federal em relação à minha pessoa. Seletividade que começa,
evidentemente, com um delator que conta uma série de mentiras, mas que poderia
ter sido sanada de forma muito clara. E explico por quê. Quando o delegado
Fábio Shor, ao colher os depoimentos da delação do coronel Mauro Cid, ele
pergunta de forma objetiva e clara: coronel Mauro Cid, o senhor tem algum
elemento material que corrobore tudo isso que o senhor está dizendo sobre o
Filipe Martins? Ele fala, não, doutor, não tenho. E o delegado, aparentemente,
ignora que um acordo de delação precisa, sim, ser corroborado por elementos de prova.
”
Em
seu depoimento, Martins destacou que há pareceres da Polícia Federal e da
Procuradoria-Geral da República (PGR) que colocaram em dúvida a credibilidade
da delação de Mauro Cid, inclusive, apontando indícios de proteção de pessoas
por parte do delator.
Martins
foi interrogado nesta quinta-feira (24) e é um dos seis réus do Núcleo 2 da
ação que apura a trama golpista, que, segundo denúncia da Procuradoria-Geral da
República, visava manter Bolsonaro no poder.
Na
delação, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro afirmou, por exemplo, que Filipe
Martins participou de uma reunião com comandantes das Forças Armadas e
Bolsonaro, no dia 7 de dezembro, ocasião em que teria apresentado uma minuta de
decreto golpista para impedir a posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da
Silva.
Todos
os réus do Núcleo 2 respondem pelos crimes de organização criminosa armada,
golpe de Estado, tentativa de abolir o Estado Democrático de Direito, dano
qualificado e deterioração de patrimônio tombado. Somadas, as penas podem
ultrapassar 30 anos de prisão.
Por:
Pedro Lacerda/Rádio Nacional Com informações da Agência Brasil
Fonte:
Radioagência Nacional
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