Secretaria Administrativa se
negava, reiteradas vezes, a fornecer prontuário médico de paciente e a Justiça
precisou agir
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Conforme a PC, o diretor do HMM vinha se recusando a liberar os documentos para investigação |
De
acordo com a PC, o documento é fundamental para esclarecer um caso de homicídio
por disparos de arma de fogo, ocorrido durante uma intervenção policial. O
prontuário pode ajudar a entender melhor o que aconteceu, com informações como
quantos tiros foram disparados, quais partes do corpo foram atingidas, quais
procedimentos médicos foram feitos e se esses dados batem com os depoimentos já
coletados no inquérito.
Durante
a operação, o prontuário da vítima foi finalmente acessado pelos policiais.
Segundo a PC, a ação seguiu todos os procedimentos legais e, até o momento, não
há novas informações sobre o andamento do caso.
NOTA
DA PREFEITURA
A pedido da Redação do CORREIO, a Assessoria de Comunicação da
Prefeitura de Marabá enviou a seguinte nota: “O Hospital Municipal de Marabá
(HMM) informa que recebeu representante da Polícia Civil do Estado, com mandado
judicial para cumprimento de busca e apreensão de prontuário médico, devido
investigação criminal em curso. A instituição atendeu à solicitação,
disponibilizando cópia do documento requerido, cumprindo a legislação
brasileira.
O
HMM ressalta que o acesso ao prontuário do paciente é regulado por normas
legais, especialmente o Código de Ética Médica, a Lei nº 13.787/2018 (que
dispõe sobre a guarda e o manuseio do prontuário do paciente) e a Lei Geral de
Proteção de Dados Pessoais (Lei nº 13.709/2018 – LGPD).
Conforme
previsto na legislação vigente, têm acesso ao prontuário médico: o próprio
paciente ou seu representante legal; profissionais envolvidos diretamente na
assistência ao paciente; representantes legais de menores de idade ou
incapazes; advogados com procuração específica reconhecida em cartório;
autoridades judiciais, mediante ordem judicial; instituições de saúde para fins
específicos (auditoria, regulação, faturamento); órgãos legais competentes,
como vigilância sanitária ou perícia legal, conforme previsto em lei.
O HMM destaca ainda que zela pelo sigilo, integridade e
legalidade no acesso aos dados dos pacientes, sempre com a transparência, a
ética e o cumprimento da lei”.
Fonte:
Correio de Carajás
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