Juros
para grandes e médios produtores rurais fica abaixo da Selic.
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© MARCELO CAMARGO/AGÊNCIA BRASIL |
O
presidente Lula anunciou, nesta terça-feira (1), os novos recursos para apoiar
grandes e médios produtores rurais e cooperativas para custeio, comercialização
e investimento no campo. As taxas de juros para custeio e comercialização vão
variar de 10% a 14%, a depender do perfil do beneficiário.
Já
para investimentos, os juros serão entre 8,5% e 13,5%.
Lula
defendeu que a grande produção agrícola deve proteger o meio ambiente para
manter a abertura de novos mercados.
"A
gente cuidar de fazer a preservação adequada e necessária ao país, a gente
cuidar de preservar os nossos rios e os nosso mananciais, a gente começar a
cuidar de recuperar terra degradada, a gente percebendo com o tempo que a gente
está produzindo mais em menos hectares, a gente tá ganhando mais porque
aumentou a qualidade dos produtos que nós estamos produzindo".
Produtores
que adotarem práticas sustentáveis vão poder ter acesso a juros reduzidos, além
de crédito para reflorestamento e preservação e recuperação de solos degradados.
O
ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, destacou o desafio de aumentar os
recursos do Plano Safra em um cenário de alta da taxa básica de juros, fixada
pelo Banco Central.
"No
ano passado, exatamente no dia de hoje, nós tinhamos uma Selic de 10,5% ao ano
e hoje ela tá em 15% e ainda assim, com todas essas dificuldades, o aumento das
taxas de juros [do Plano Safra] foi da ordem de 1,5% a, no máximo, 2%. O
governo absorveu o aumento da Selic com equalização e ainda assim conseguimos
superar esse desafio e fazer que outro Plano Safra chegue aos produtores
estimulando o crescimento".
O
novo Plano Safra também prevê mais recursos para a produção de café no país,
com a possibilidade de pequenos e médios produtores acessarem o Fundo de Defesa
da Economia Cafeeira, mesmo já contando com outros financiamentos.
O
ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou que o aumento da produção de
alimentos no país vem contribuindo para a queda da inflação.
"Nós
dizíamos, no começo do ano, quando as pessoas estavam um pouco assustadas com
um eventual descontrole dos preços, que quando o dólar, ao contrário das
previsões de mercado, cedesse e quando a super safra fosse colhida, nós íamos
ter uma deflação de alimentos, como aconteceu no mês passado. As coisas estão
voltando rapidamente ao normal, como era o nosso plano de vôo desde o
início".
O
novo ciclo do Plano Safra traz ainda medidas para facilitar a renegociação de
dívidas, garantindo mais flexibilidade a produtores que enfrentaram
dificuldades em safras anteriores.
Por:
Gésio Passos/Rádio Nacional
Fonte:
Radioagência Nacional
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