O
Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) foi, mais uma
vez, cobrado pelo Ministério Público Federal (MPF) sobre as condições da
rodovia BR-230, a Transamazônica. A solicitação para esclarecimentos urgentes
foi realizada na quinta-feira (27/02), após novas denúncias de moradores. Eles
apontam que o trecho entre os municípios de Medicilândia e Rurópolis, no
sudoeste do Pará, apresenta grandes atoleiros e transtornos no transporte de
pessoas e de mercadorias.
A decisão do
envio do ofício ao Dnit foi tomada após o MPF receber as denúncias que apontam
que a rodovia estaria intrafegável, contradizendo relatórios anteriores apresentados
pelo Dnit ao MPF.
Em 2024,
antes do início do inverno amazônico, período muito chuvoso, o MPF havia
alertado o Dnit sobre a necessidade da tomada de medidas que evitassem
atoleiros, erosões e crateras. Também foi solicitada informações sobre a execução
de obras na rodovia.
Informações contraditórias
Em resposta,
o Dnit havia informado que mantém contratos com empresa para a execução de
serviços contínuos de manutenção, o que garantiria a trafegabilidade do trecho
mesmo em períodos chuvosos. Fotografias enviadas pela autarquia mostravam
equipes atuando no local.
No entanto,
segundo o MPF, denúncias enviadas mostram atoleiros de grandes proporções,
isolando moradores e prejudicando o transporte na área. As imagens, publicadas
em redes sociais, contrastam com as enviadas pelo Dnit, que retratavam uma
estrada em condições aparentemente estáveis, ainda conforme o MPF.
Providências
Diante da
divergência das informações, o MPF requisitou que o Dnit apresente, em até
cinco dias:
–
justificativas para a diferença de informações entre seus relatórios e as
denúncias;
– fotos
atualizadas da rodovia em dias chuvosos;
– detalhes
sobre as ações da empresa contratada para reduzir atoleiros;
– informação
sobre a periodicidade dos serviços de manutenção
– Além
disso, o MPF determinou uma inspeção urgente no local, que será feita por
servidor da própria instituição.
Fonte: A Voz do Xingu/Com informações do MPF